
Minha Alma instruiu- me a sentir perfumes que não vem
de flores ou incenso, antes da minha Alma falar
cada vez que o desejo de perfumes
estava em mim procurava os jardins e os incensórios
Encho o peito com exalações
Minha Alma ensinou a ver beleza escondida
em feições a fixar o que os homens
consideram feio até que se torne belo
antes da minha Alma falar via beleza
em meio a neblinas de fumaça
Agora vejo beleza até na fumaça negra
em todos os rostos e todos os seres.
Minha Alma ensinou- me a escutar vozes que
não nascem na garganta,
antes meus sentidos sofriam perturbação
só ouvia ruídos e gritos...
Agora, ouço no silêncio coros cantando hinos
da eternidade e proclamando segredos do Invisível
(Gibran Khalil Gibran)