
Estar amando é sentir o medo da entrega encorajadora. É perceber-se pego em flagrante existencial, no exato momento em que se roubava do próprio ser o principal tesouro escondido. É sentir-se marginal das próprias defesas. É não controlar o ficar vermelho, o encabular em hora errada (certa). Estar amando é viver em público a autodenúncia do melhor de que se é capaz.”
Artur da Távola