
Ode à suavidade
As manhãs são cegas como gatinhos,
as unhas crescem confiadamente, não sabem
ainda o que arranhar. São suaves
os sonhos e a ternura abatem-se sobre nós
como nevoeiro, como o campanário da catedral de Cracóvia
antes que o gelo a abrace.
Adam Zagajewski
(Poeta polonês de origem judaica)